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DPPs como Ferramenta de Valor para a Moda no Brasil

  Transformar a obrigatoriedade em vantagem competitiva Embora muitos encarem o DPP como uma exigência regulatória para acesso ao mercado europeu, no Brasil essa tecnologia pode se tornar uma importante distinção de mercado. Marcas que adotarem os passaportes digitais de forma estratégica — seguindo práticas de transparência, rastreabilidade e circularidade — terão a chance de: Aumentar a confiança do consumidor , comunicando transparência total sobre origem, impacto ambiental e ciclo de vida dos produtos. Criar novos fluxos de receita por meio de programas de recompra, revenda ou serviços de manutenção vinculados ao histórico digital do produto. Ampliar valor percebido e engajar clientes , ao transformar cada produto em um canal contínuo de relacionamento e personalização. DPPs permitem que “o valor siga o produto” Com o passaporte digital, as marcas podem acompanhar o produto ao longo de seu ciclo — revenda, manutenção, descarte, e até reenvio à cadeia produtiva mu...

Centenária com corpo de vinte, por Vanessa Barone

 Ao completar duas décadas no Brasil, a Louis Vuitton tem novo presidente - e, em primeira mão, ele revela um de seus planos: abrir uma megaloja no País, semelhante à de Paris .

Ao completar duas décadas no Brasil, a Louis Vuitton tem novo presidente - e, em primeira mão, ele revela um de seus planos: abrir uma megaloja no País, semelhante à de Paris

Objeto de desejo: a butique aberta na semana passada no Shopping Iguatemi de Brasília reúne os principais ícones da LV,  como a bolsa tiracolo de monogramas, ao lado

Rosset, um francês de 40 anos, assumiu o posto há quatro meses, depois de chefiar a grife francesa na Rússia. O presidente concedeu sua primeira entrevista à DINHEIRO por ocasião da abertura da loja LV no Shopping Iguatemi de Brasília. É a sexta butique da marca – que já possui quatro em São Paulo e uma no Rio de Janeiro.
 
A ideia é de que, com a maison, a LV consiga fazer deslanchar a linha de prêt-à-porter da grife, desenhada pelo estilista americano Marc Jacobs desde 1998, e de outras categorias de produtos, como óculos e joias – atualmente mal explorados por falta de espaço nas lojas. “Também queremos trazer ao Brasil o prêt-à-porter masculino, que é cada vez mais importante para a grife, mas que ainda não é encontrado nas butiques brasileiras.” 

 Fançois Rosset: "O projeto é para cerca de três anos, mas é inevitável ter uma maison no País"

    A Louis Vuitton abriu sua primeira butique em 1854. Em 1987, a grife tornou-se parte da LVMH/Moët Hennessy-Louis Vuitton, holding de luxo administrada pelo empresário Bernard Arnault. Segundo os relatórios oficiais do grupo, a receita do LVMH, em 2009, atingiu pouco mais de 17 bilhões de euros. O segmento de fashion & leather goods, do qual a Louis Vuitton faz parte, fechou o ano passado com receita de 6,3 bilhões de euros, uma expansão de 5% em relação a 2008.

    Rosset está otimista com o Brasil. Sabe que há uma classe B em ascensão que, segundo ele, “representa o futuro da grife no País”. Em seus planos, está a abertura de butiques nas principais capitais brasileiras, como Recife, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre. “Acreditamos muito na expansão, pois agora há mais mercados maduros para receber uma loja Louis Vuitton”, afirma Rosset.
Nesses 20 anos, diz o executivo, desde que a LV desembarcou com sua primeira loja na rua Haddock Lobo, em São Paulo, o Brasil enriqueceu e a base de clientes aumentou. “Conseguimos fidelização e atraímos cada vez mais clientes para o universo LV. São pessoas que ainda não tinham tido contato com a marca e que descobrem que dentro das lojas também há coisas para elas.”

O segredo, afirma o presidente, está no serviço prestado. “Nossos vendedores não recebem comissão por vendas, mas um salário fixo. Queremos que a experiência de um cliente que entre para comprar uma bolsa ou de outro que quer apenas conhecer os produtos seja a mesma.”


Linha completa: roupas da recente coleção de prêt-à-porter desenhada pelo estilista Marc Jacobs

A crise mundial, diz Rosset, não arrefeceu os planos da Louis Vuitton. “A grife foi a que melhor resistiu às turbulências, entre as marcas de luxo”, afirma o presidente. E só conseguiu isso, diz Rosset, por ser uma das únicas que controlam diretamente a produção, distribuição e varejo de seus produtos. Nada é terceirizado. A rede é composta por 446 lojas em 62 países.

São 14 ateliês de artigos de couro (sendo 11 na França, dois na Espanha e um nos Estados Unidos), quatro ateliês de sapatos na Itália, um de relógios na Suíça e um de cintos nas Espanha. O número de funcionários supera os 15 mil, sendo que 68% deles estão fora da França. “Dessa forma, não ficamos nas mãos de fornecedores e, enquanto muitas marcas anunciavam saldos, a LV manteve os preços e as vendas não sofreram abalos.”

Flagship store à francesa: com o modelo de megaloja, a intenção é expor todas as linhas de produtos do univerno da grife centenária

Outra prova de que a crise passou longe do universo LV, afirma Rosset, está na manutenção do plano de expansão – e a loja de Brasília é fruto dele. Nos 220 metros quadrados do novo espaço estão espalhados os ícones mais importantes da grife – suas bolsas mais recentes, carteiras, malas de viagem, calçados, lenços, gravatas, alguns óculos e relógios.

O projeto da loja, no entanto, traz detalhes surpreendentes, caso do espaço dedicado aos acessórios masculinos, com ambientação mais sóbria que a festiva ala feminina. “É para eles ficarem mais à vontade”, afirma Rosset. O mobiliário também é especial: foi feito pelo designer Sergio Rodrigues, que reinterpretou algumas de suas criações – como o banco Mocho (1954), a poltrona Drummond (1959) e a luminária Tcheko, ambas da década de 70.

A abertura da loja também marcou a finalização de um projeto da Louis Vuitton que conta com a participação do artista plástico Vik Muniz e da ONG Spectaculu, fundada pelo designer Gringo Cardia, no Rio de Janeiro. Com o patrocínio da LV, Muniz e os estudantes que fazem parte da ONG passaram seis meses realizando oficinas de artes em que o logo LV era reinterpretado usando-se diversos materiais.

O trabalho gerou um vídeo e a criação do lenço Individuals, que traz o logo da grife feito com a fotografia dos participantes da Spectaculu. O lenço está à venda na butique de Brasília, por R$ 1.120, com tiragem de apenas 150 unidades.
Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/18227_CENTENARIA+COM+CORPO+DE+VINTE

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