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DPPs como Ferramenta de Valor para a Moda no Brasil

  Transformar a obrigatoriedade em vantagem competitiva Embora muitos encarem o DPP como uma exigência regulatória para acesso ao mercado europeu, no Brasil essa tecnologia pode se tornar uma importante distinção de mercado. Marcas que adotarem os passaportes digitais de forma estratégica — seguindo práticas de transparência, rastreabilidade e circularidade — terão a chance de: Aumentar a confiança do consumidor , comunicando transparência total sobre origem, impacto ambiental e ciclo de vida dos produtos. Criar novos fluxos de receita por meio de programas de recompra, revenda ou serviços de manutenção vinculados ao histórico digital do produto. Ampliar valor percebido e engajar clientes , ao transformar cada produto em um canal contínuo de relacionamento e personalização. DPPs permitem que “o valor siga o produto” Com o passaporte digital, as marcas podem acompanhar o produto ao longo de seu ciclo — revenda, manutenção, descarte, e até reenvio à cadeia produtiva mu...

Loewe muda para ficar mais exclusiva

Marca espanhola corta pontos de venda e revê sua estratégia para conquistar o consumidor de luxo brasileiro

Por Soraia Yoshida
Campanha de lançamento do perfume "Aire Loco", da Loewe: em luxo, menos é sempre mais 

 O perfume Aire Loco é o grande lançamento em fragrâncias femininas no Brasil


Conhecida por suas bolsas de couro e sua moda de altíssima qualidade, a Loewe quer ficar mais próxima do consumidor brasileiro de luxo. Para isso, a marca espanhola realinhou sua estratégia e aposta nos perfumes – porta de entrada para o maravilhoso mundo do consumo exclusivo – para trabalhar o segmento luxo no país.

“Nesse mercado de luxo, menos é mais”, afirma Cedric Mahe, gerente de marketing das fragrâncias Loewe para a América Latina. Na nova estratégia da marca, o “menos” se concretiza na seleção de somente 20 pontos de venda para seus produtos – em vez dos 200 selecionados pela antiga parceira, a Neutrolab. “Queremos nos concentrar em São Paulo, Rio e Brasília e divulgar nossa identidade junto ao consumidor, com uma imagem de maior qualidade e de exclusividade”.

A distribuição passa a ser feita diretamente pela LVMH, o grupo que detém as marcas Dior, Louis Vuitton, Givenchy, Guerlain, Marc Jacobs e também Loewe. “Nosso objetivo é fazer com que o consumidor brasileiro reconheça nosso perfume como um artigo especial", afirma Hector Garcia, diretor de marketing internacional dos perfumes Loewe.

A nova estratégia não deve se traduzir em aumento de vendas. De maneira discreta, Cedric Mahe diz que em algum tempo espera vender o mesmo com menos pontos de venda. “Nossa ideia não é vender tanto”, diz. A expectativa do grupo é de que até 2012 os brasileiros estejam bem familiarizados com a marca, abrindo espaço para novas etapas.


Brasil, por quê?

O reposicionamento de imagem é consequência direta do interesse que hoje não apenas a Loewe, mas outras marcas de luxo têm pelo mercado nacional. “Nunca vi um país em que se consome tanto e que goste tanto de grifes estrangeiras”, afirma Cedric Mahe. “Vi um pouco disso na Venezuela, mas no Brasil é realmente muito forte”.

“A classe média alta e emergente tem muito desejo e sensibilidade para grandes marcas”, diz Hector Garcia, diretor de marketing.

No setor de cosméticos, as diferenças se traduzem em outras particularidades. Muitas vezes, o desejo de possuir uma grife é tanto que não importa o tamanho do perfume, o que se traduz no consumo maior de frascos menores das fragrâncias – uma tendência que não se vê tanto entre consumidores europeus ou norte-americanos, por exemplo.

Em termos de vendas, as fragrâncias representam 53% do total de cosméticos do grupo LVMH. Quando se fala em mercados, a América Latina – incluindo aí o Brasil – responde por apenas 13% das vendas mundiais. Mas é um mercado em ascensão. Em 2009, as vendas de cosméticos, produtos para a pele e perfumes do grupo LVMH somaram US$ 2,741 bilhões.

O Natal representa 50% das vendas anuais de perfumes. Não à toa, é a época em que as marcas mais investem em comunicação e publicidade – dispensando mais de 80% de seu orçamento nos meses que antecedem 25 de dezembro. 
Lançamento


A nova estratégia coincide com o lançamento do perfume “Aire Loco”. A fragrância feminina, desenvolvida pelo perfumista e diretor criativo da Loewe, Emilio Valeros, é a aposta neste momento importante em que a marca passa por um processo de rejuvenescimento. Assim como aconteceu com a Louis Vuitton, a Lacoste e a Hermès, a marca quer conquistar novos consumidores, sem abrir mão de sua “herança” e da qualidade. “Queremos apresentar a esse consumidor nossos conceitos, que são muito originais”, diz Mahe.

Para divulgar o perfume no Brasil, a marca usará um site em que vai incentivar as mulheres brasileiras a contar um segredo, seguindo a proposta inicial de diários que foi feita na Espanha. Os segredos mais “interessantes” serão premiados. O Aire Loco custará R$ 349 (100 ml) e estará nas lojas a partir de novembro.

Para o segundo semestre, será lançada uma fragrância masculina. Quanto ao restante dos cosméticos, como a própria linha de cuidados para a pele masculina, essa é uma etapa que vem depois do fortalecimento do nome Loewe no Brasil. E para aqueles que sonham com a chegada da divisão de moda ao país, uma boa notícia: uma equipe da grife deve voltar ao Brasil no final do ano para analisar a possibilidade de abertura de uma loja própria. O luxo da Loewe quer mesmo garantir seu espaço por aqui.

Assista à campanha do "Aire Loco" no YouTube:


 

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI174568-18055,00-LOEWE+MUDA+PARA+FICAR+MAIS+EXCLUSIVA.html

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