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Destaques

DPPs como Ferramenta de Valor para a Moda no Brasil

  Transformar a obrigatoriedade em vantagem competitiva Embora muitos encarem o DPP como uma exigência regulatória para acesso ao mercado europeu, no Brasil essa tecnologia pode se tornar uma importante distinção de mercado. Marcas que adotarem os passaportes digitais de forma estratégica — seguindo práticas de transparência, rastreabilidade e circularidade — terão a chance de: Aumentar a confiança do consumidor , comunicando transparência total sobre origem, impacto ambiental e ciclo de vida dos produtos. Criar novos fluxos de receita por meio de programas de recompra, revenda ou serviços de manutenção vinculados ao histórico digital do produto. Ampliar valor percebido e engajar clientes , ao transformar cada produto em um canal contínuo de relacionamento e personalização. DPPs permitem que “o valor siga o produto” Com o passaporte digital, as marcas podem acompanhar o produto ao longo de seu ciclo — revenda, manutenção, descarte, e até reenvio à cadeia produtiva mu...

O charme das revistas impressas está de volta!

A sensação de virar a página de uma revista e escutar aquele barulhinho peculiar é algo que nos conecta a um momento de nostalgia e imersão. Essa experiência física, que há algum tempo parecia esquecida em meio à era digital, está voltando com força e ganhando destaque entre marcas que buscam uma comunicação mais profunda e autêntica. E não sou só eu que sinto essa necessidade; é um movimento crescente que reflete um consciente coletivo.


Hoje, vemos marcas como Bottega Veneta, Madhappy e Patta redescobrindo o poder das revistas impressas para se reconectar com seus públicos. Cansadas da comunicação rasa e efêmera que muitas vezes domina as redes sociais, essas marcas estão adotando publicações independentes para criar um espaço onde possam expressar sua identidade e valores de maneira mais envolvente e significativa.

Bottega Veneta e seu Novo Zine

A Bottega Veneta se destacou recentemente ao lançar seu próprio zine, “Issue”, uma publicação que vai além de uma simples estratégia de marketing. Após decidir sair das redes sociais, a marca encontrou no formato impresso uma maneira de controlar sua narrativa e criar um universo de marca coeso. O zine combina fotografias de moda, música e vídeos em uma colaboração com artistas renomados, permitindo que a marca mantenha um diálogo contínuo e profundo com seu público, enquanto promove a longevidade de seus produtos. Como disse o designer Daniel Lee, “as redes sociais representam a homogeneização da cultura”, e o zine é uma resposta a essa simplificação, oferecendo uma alternativa mais progressiva e reflexiva .

Pela primeira vez, a publicação também estará disponível em livrarias selecionadas em todo o mundo, incluindo: Milão: Sala de Leitura, Libreria Bocca e Largo Claudio Treves Paris: Yvon Lambert e Cahier Central Londres: Climax, Claire de Rouen, a livraria ICA e Shreeji Newsagent Dubai: Lulu & The BeanstalkNew York: Strand, McNally Jackson e Mast Seoul: Still Books, PDF e The Phrase Shangai: Tsutaya Books Tokyo: Komiyama, Watarium e Tsutaya Books.

Madhappy e a Conexão com a Comunidade

A Madhappy utiliza a revista “Local Optimist” para criar uma comunidade em torno da saúde mental e do bem-estar. A marca vai além do simples produto, focando em transmitir mensagens de positividade e esperança. Isso reflete um esforço para conectar emocionalmente com seus leitores, oferecendo conteúdo que promove a reflexão e o diálogo, algo que vai muito além do que uma postagem rápida no Instagram pode proporcionar. Esse tipo de envolvimento emocional é o que fortalece a lealdade e cria uma base de fãs verdadeiramente dedicada.

Patta e a Valorização da Cultura

A Patta, por sua vez, utiliza suas revistas e publicações editoriais para promover a cultura, o esporte e as artes, sempre ligadas à moda de rua. Ao adotar essa abordagem, a marca foca em narrativas ricas e significativas que celebram a diversidade e a autenticidade. Isso permite que a Patta construa uma comunidade global em torno de suas raízes culturais, criando uma narrativa que ressoa com seu público de maneira mais autêntica e engajada.

Mesmo adotando o formato impresso, essas revistas modernas não ignoram completamente as tecnologias digitais. Pelo contrário, elas se beneficiam do uso de QR codes e outras ferramentas interativas, permitindo que os leitores se conectem facilmente ao universo digital da marca. Esse tipo de integração cria uma experiência imersiva, onde o público pode explorar ainda mais as coleções e campanhas, ampliando a profundidade e o alcance da narrativa.

O retorno ao formato impresso é um sinal claro de que as marcas estão buscando um caminho que vai além da superficialidade das redes sociais, sem necessariamente desprezar os benefícios que essas plataformas oferecem às pequenas empresas e novos criadores. É um movimento de equilíbrio entre o físico e o digital, entre a conexão profunda e a acessibilidade global. Essas iniciativas mostram que o verdadeiro valor está em como uma marca se apresenta ao mundo, na história que conta e na maneira como nos faz sentir parte de algo maior.

As revistas impressas, hoje, são mais do que uma simples tática de marketing; são um resgate da autenticidade e uma afirmação de que o conteúdo de qualidade, curado e bem pensado, sempre terá seu lugar. A moda, afinal, não é apenas sobre roupas, mas sobre cultura, identidade e, principalmente, conexão.

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