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Destaques

DPPs como Ferramenta de Valor para a Moda no Brasil

  Transformar a obrigatoriedade em vantagem competitiva Embora muitos encarem o DPP como uma exigência regulatória para acesso ao mercado europeu, no Brasil essa tecnologia pode se tornar uma importante distinção de mercado. Marcas que adotarem os passaportes digitais de forma estratégica — seguindo práticas de transparência, rastreabilidade e circularidade — terão a chance de: Aumentar a confiança do consumidor , comunicando transparência total sobre origem, impacto ambiental e ciclo de vida dos produtos. Criar novos fluxos de receita por meio de programas de recompra, revenda ou serviços de manutenção vinculados ao histórico digital do produto. Ampliar valor percebido e engajar clientes , ao transformar cada produto em um canal contínuo de relacionamento e personalização. DPPs permitem que “o valor siga o produto” Com o passaporte digital, as marcas podem acompanhar o produto ao longo de seu ciclo — revenda, manutenção, descarte, e até reenvio à cadeia produtiva mu...

Falta Profissionalização - mais atenção ao cliente e treinamento aos vendedores!

O varejo de moda evoluiu com o tempo no Brasil, mas ainda peca pelo atendimento pouco especializado.
por Vanessa Barone

Quem vai a uma concessionária em busca de um carro novo costuma ouvir do vendedor muito mais do que o óbvio. Para além daquilo que se pode constatar com os olhos – cor, número de portas e modelo –, é possível saber detalhes como rendimento do motor, tipo de freio, características do sistema de amortecimento e desempenho em vários tipos de terreno.

Para poder informar tudo isso, vendedores de carros são treinados e – mais do que isso – obrigados a conhecer a fundo aquilo que comercializam. No varejo de artigos eletrônicos a situação é parecida: os comerciantes são capazes de passar especificações que auxiliam o consumidor no momento da compra. Devem ser especialistas no assunto, uma vez que o consumidor, na maioria das vezes, não é.

Mas encontrar vendedores bem preparados no varejo de moda, pelo menos no Brasil, é um artigo mais raro. Bem comum, no entanto, é achar profissionais jovens demais, quase entediados e pouco dispostos a escutar e aconselhar. O problema tem pelo menos duas razões: o pouco investimento da indústria de moda em treinamento e a informalidade que ainda impera.

Os empresários do setor costumam argumentar que há treinamento, mas que a rotatividade no comércio de vestuário é tamanha que não é possível cobrir toda a equipe de profissionais. Ser vendedor, dizem, é muitas vezes um bico para estudantes ou pessoas que almejam outras carreiras. A justificativa é boa, mas não traz alento.


A outra explicação vem do fato de boa parte do comércio de roupas, no Brasil, ter raízes na atividade informal dos mascates e pequenas lojinhas familiares. Obviamente, houve profissionalização, mas não em nível suficiente para cobrir a imensa atividade varejista de moda brasileira. Mas para grifes que pretendem, um dia, fazer sucesso no Exterior, investir em seus profissionais é uma questão urgente. E o que resta ao consumidor? Comprar o que está na vitrine. De acordo com a pesquisa O Comportamento de Compra do Consumidor de Vestuário, feita pelo Instituto de Marketing Industrial (Iemi), 85% das vendas do comércio de roupa é motivada por produtos expostos na vitrine. Ou seja, o vendedor em si tem pouca participação na decisão do consumidor. É isso ou arriscar-se a ouvir bobagens do tipo: “Essa camisa é cara porque é de cetim.” Mas cetim de quê? Sim, porque o cetim não é um tecido, deveria saber o vendedor. Cetim é uma construção: é o jeito com que os fios são agrupados na máquina de tecer que dá aquele efeito “acetinado”.


Além desta, as outras duas construções básicas da tecelagem são a sarja e o tafetá. E quanto às fibras? Experimente perguntar de que fibra é feita determinada peça. Você provavelmente vai ficar sem resposta. Na indústria têxtil, é possível encontrar fibras naturais, artificiais ou sintéticas. As fibras naturais vêm da natureza. Simples assim.


Entre elas estão a lã, o linho, o algodão e a seda. As artificiais são obtidas de elementos naturais, como celulose extraída da madeira ou borracha. Mas não vêm prontas, precisam ser industrializadas. São elas: viscose, acetato, liocel e modal. Já as sintéticas são aquelas obtidas inteiramente da indústria petroquímica. Elas costumam ser as fibras mais baratas, portanto são muito utilizadas, caso de elastano, poliéster, acrílico e poliamida.

Fonte: http://www.istoedinheiro.com.br/artigos/20619_FALTA+PROFISSIONALIZACAO

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