Renner estreia novo formato de lojas no 2º semestre

A rede de lojas Renner vai inaugurar duas lojas no formato compacto no segundo semestre deste ano.

Ainda sem local definido, as unidades terão 1.200 metros quadrados de área líquida de vendas, informou o diretor de Relações com Investidores da varejista, José Carlos Hruby.

Segundo Hruby, a área de vendas média das lojas atualmente em operação está em torno de 2.100 metros quadrados. "O projeto de lojas compactas, que ainda será concluído, incluiu um estudo mapeado por regiões e Estados, apresentando os mercados menores com público-alvo em número suficiente que justifique a viabilização de uma loja", disse o executivo.

Ainda segundo o diretor, as lojas compactas contarão com investimentos entre R$ 2,5 milhões e R$ 3 milhões - ante R$ 5 milhões a R$ 6 milhões destinados às unidades convencionais- e serão localizadas em cidades com até 200 mil habitantes.

Além da abertura de lojas compactas -um modelo já adotado por outras varejistas como Lojas Americanas e C&A -, a Renner vai inaugurar em abril deste ano sua primeira loja de rua, na avenida Paulista, em São Paulo, e que contará com 3 mil metros quadrados de área de vendas.

Números de 2009 agradam mercado
Investidores reagiram bem ao resultado trimestral e de 2009 divulgado na noite de segunda-feira pela Renner. As ações da empresa exibiam alta de 3,92%, a R$ 28,98, às 16h08, respondendo pela maior valorização da carteira teórica do Ibovespa. O índice cedia 2,11% no mesmo horário.

A varejista reportou um lucro líquido de R$ 100,3 milhões no quarto trimestre de 2009, avanço de 53,4% ante o mesmo intervalo do ano anterior. Em relatório, a equipe de análise do HSBC destacou que o crescimento da receita ficou ligeiramente acima das expectativas, chegando a 16% ante projeção de 14%. Já a expansão das vendas no conceito mesmas lojas foi de 9,5% e ficou pouco abaixo da estimativa do banco, de 10%.

Após a divulgação dos resultados, o HSBC optou por manter a classificação de "neutra" para os papéis da Renner, com preço-alvo de R$ 42.

Já a Link Investimentos ressaltou, além do aumento das vendas nas mesmas lojas, as melhoras nas margens e a queda nas perdas com inadimplência.

"A empresa continua com uma posição financeira bastante sólida, portanto, esse resultado deve trazer um bom momento para as suas ações no curto prazo", disse a Link em relatório.

Em contrapartida, a Link considera o potencial de valorização no longo prazo ainda limitado e optou por manter a recomendação de abaixo do desempenho do mercado para os papéis da Renner.

Mais otimista, o UBS elevou o preço-alvo para as ações da Renner de R$ 45 para R$ 49,50, recomendando compra dos papéis da varejista.